quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Criciúma - Campeão Copa do Brasil 1991



Um empate sem gols foi o suficiente. Jogando em seus domínios, diante de milhares de torcedores, nem foi preciso vencer o adversário para que o time do Criciúma, desconhecido fora de Santa Catarina, se tornasse campeão da Copa do Brasil. O título lhe deu direito a ser um dos dois representantes do país na Taça Libertadores da América. Aquele dia 2 de junho de 1991 entrou para a história não só da cidade, do estado e do clube, mas também do futebol brasileiro, que viu incluso na sua lista de campeões um escrete malaco, sem estrelas ou craques geniais, mas entrosado, que jogava junto há alguns anos e que, antes de se tornar febre entre os torcedores (como foi o São Caetano num passado recente), já tinha a taça guardada na sala de troféus.

Na enxuta campanha de dez jogos, cinco times foram eliminados pelo Criciúma, que terminou a competição invicto (seis vitórias e quatro empates). Nos jogos finais, a redenção foi ampliada pelo excesso de confiança que a imprensa gaúcha depositava no nada confiável time do Grêmio de 1991. Terceiro colocado no Brasileiro do ano anterior e campeão da primeira Copa do Brasil, em 1989, a equipe da Azenha parecia franca favorita ao título e estava “a 180 minutos da Taça Libertadores da América”, como foi noticiado à época.


Só que na primeira partida da decisão, no Estádio Olímpico, a surpresa. Uma cabeçada fulminante do zagueiro Vilmar abriu o placar para os visitantes, que após o final da partida saíram comemorando o empate em 1x1. Como a regra da Copa do Brasil dá vantagem para a equipe que marca gols fora de casa, o Tigre sequer precisou vencer ou marcar gols contra o time gaúcho para erguer a taça. Do banco de reservas saiu o principal maquinador da campanha vitoriosa, o ex-técnico da Seleção Brasileira Luís Felipe Scolari, que anos depois iria repetir a comemoração com a camisa do rival de 1991.


Jogo de ida - 30/05/1991 - Quinta-feira - 18h30min Grêmio 1 x 1 Cricíuma - Estádio Olímpico
GRÊMIO: Gomes; China (Jamir), João Marcelo, Vilson, Hélcio; Norberto, Donizete Oliveira (Darci), João Antônio, Caio; Maurício, Nando.
Técnico: Dino Sani
CRICIUMA: Alexandre; Sarandi, Vilmar, Altair, Itá; Roberto Cavalo, Zé Roberto, Grizzo; Gélson, Soares, Jairo Lenzi (Vanderlei).
Técnico: Luiz Felipe Scolari Local: Olímpico (Porto Alegre-RS);
Público: 32.052
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG);
Cartões Amarelos: Alexandre, Itá, Vanderlei
Gols: Vilmar 15' do 1º; Maurício 38' do 2º tempo.

Jogo de volta - 02/06/1991 - Domingo - 18h30min Criciúma 0 x 0 Grêmio - Heriberto Hulse (Criciúma-SC)
CRICIÚMA : Alexandre, Sarandi, Vilmar, Altair e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo (Vanderlei); Zé Roberto, Soares e Jairo Lenzi.
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
GRÊMIO : Sidmar, Chiquinho, João Marcelo, Vilson e Hélcio; Norberto, Donizete e João Antônio; Maurício, Nando (Darci) e Caio.
Técnico: Dino Sani.

Local: Heriberto Hulse (Criciúma-SC)
Público: 19.525;
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ);
Cartões Amarelos: Soares, João Antônio, Chiquinho,Sarandi e João Marcelo;
Expulsões: Gélson e Maurício;

2 comentários:

dgstv disse...

sacanage ein hehehe.....eu fui nesse, meu pai me levou...a lembrança mais viva q tinha é q nesse dia o criciuma foi o GREMIO, literalmente....da p/ver pelo video, time do GREMIO mto fraco, tanto é q foi rebaixado.....ganhou a tatica do meio a zero. feipão, mestre! dale GREMIO!

dgstv disse...

ah e esse grizzo jogava mta bola, mas nao deu certo no GREMIO, acho q pesou dmais a camisa